Federação Garra de Águia Lily Lau do Estado do Ceará

GRÃ-MESTRA LILY LAU

 

                  Após a morte do Grão Mestre Lau Fat Mang, sua filha mais velha, Lily Lau herdou seu lugar e tornou-se a 8ª geração de Grão Mestre do Estilo Garra de Águia. Por ser indicada a continuar o sonho de seu pai, com apenas 17 anos de idade, continuou ensinando e divulgando o Kung Fu Garra de Águia durante 37 anos.

                A Grã Mestra Lily Lau atualmente tem escolas por todo o mundo, incluindo os Estados Unidos, Porto Rico, Brasil, Inglaterra, Hong Kong, Egito, Grécia e China. Mestra Lily Lau viaja frequentemente para essas escolas onde atualmente apresenta seminários e workshops.

                Sem reclamar ou se cansar de ensinar, Grã Mestra Lily Lau, procura se dedicar ao máximo e não se preocupa com o que recebe em troca do seu esforço.

                 Mestra Lily Lau é diligente em seu trabalho e esta focada na sua última meta, divulgar o Kung Fu Garra de Águia o máximo que ela puder e um dia gostaria de ver todas as Artes Marciais unidas.

                  Não por sua escolha, mas pelas circunstancias e obrigações culturais, uma vez que o Kung Fu é parte integral da cultura chinesa, Grã Mestra Lily Lau não desapontou a comunidade do Kung Fu e sua família. Determinada a continuar o sonho de seu pai através de um trabalho duro e persistente, é a única mulher a cuidar de um sistema de Kung Fu e ensinar abertamente como Mestra.

 

Grã Mestra Lily Lau

 

SOBRE A GRÃ-MESTRA LILY LAU

 

               Absoluta e majestosa, a Águia plaina tranquila sobre as nuvens. Intrépida na batalha, a Águia não teme inimigos. O que é necessário ser para reinar como soberana sobre essas nobres criaturas? Para ser a imperatriz das Águias?

               Talvez a Grã Mestra Lily Lau, líder do estilo Garra de Águia, não saiba a resposta. Como uma monarca, aceitou o chamado ao trono de uma linhagem de sangue que não poderia ser negado, um dever que foi aceito com honra.

“Minhas circunstâncias foram tais que, meu pai morreu repentinamente, não houve sinal de nenhuma doença”, diz Grã Mestra Lily Lau através do seu interprete Felix Chu. “Eu era a única criança mais madura da família e minha mãe já estava morta, então eu não tive escolha além de assumir minha posição”.

                Embora isso fosse considerado “raro, altamente raro”, para uma mulher – e particularmente uma jovem, ela tinha 17 anos e estava assumido um estilo de Kung Fu tradicional. Grã Mestra Lily Lau demonstrou grande coragem para provar a si mesma e dentro da cultura tradicional chinesa ainda se perguntavam se ela sentia-se confiante para a tarefa, ela respondeu em uma voz forte e decidida, a voz de uma líder: “sim estou”.

                Embora a jovem Lau quisesse ser uma poetiza, uma arte que sua agitada agenda permitiria a ela ocasionalmente exercer hoje em dia, ela assumiu sua responsabilidade com vivacidade e continuava sentindo que isso foi à coisa certa a fazer. “Eu não me arrependo dessa decisão, agora que estou há 30 anos, isso esta em meu sangue”.

                Todavia, a linhagem será passada para a próxima geração com menos drama. Questionada se ela exigiria que seus 2 filhos, um com 22 e outro com 24 anos de idade, aos que assumissem o estilo, sua resposta foi “não, gostaria de vê-los participando do estilo Garra de Águia, porém não necessariamente assumindo os negócios”. Outro fator é dedicado a parceria com a irmã da Grã Mestra Lau, Mestra Gini Lau, que ensina Garra de Águia, em Vallejo, Califórnia. Parece, portanto, que o Garra de Águia permanecerá com o processo hereditário e certamente será capaz de questionar seu sucesso.

 

MUDANÇAS POLÍTICAS EM HONG KONG

 

               Com a mudança de Hong Kong do Império Britânico para a Republica Popular da China em 1997, muitas classes chinesas ficaram preocupados sobre os efeitos da mudança para um governo comunista do sistema capitalista que já era imposto em Hong Kong.

              Embora a Grã Mestra Lau tenha deixado recentemente Hong Kong, agora lá não existem mais escolas de Garra de Águia e muitas outras fecharam suas portas, ela explica que com essa mudança resultou mais ainda o desejo de se juntar aos seus filhos nos Estados Unidos, que emigraram para estudos universitários.

               Se a Grã Mestra Lily Lau sentisse que o governo Chinês tivesse algo para preservar e pr oteger o Garra de Águia em Hong Kong “não haveria nenhum problema em ficar lá” diz, “porque o sistema Garra de Águia faz parte da cultura chinesa, eu sou otimista e não mudarei as formas ou qualquer coisa dentro do estilo”.

             Diferente de alguém que objetiva a regulamentação do Wushu pelo governo Chinês em todo território da China, Grã Mestra Lily Lau, que tem retornado muitas vezes ao ano a China, afirma que “embora o Wushu tenha sido regularizado pelo governo chinês, é uma coisa nova. Nas décadas de 50 e 60, durante a revolução cultural, havia muita repressão aos estudantes, Mestres e as artes marciais tradicionais como o Kung Fu Garra de Águia. Mas na verdade muitas dessas técnicas e estilos tradicionais têm sido perdidos ao longo dos anos de guerra e da própria revolução.

               Então eles precisariam ter alguns desses estilos tradicionais intactos. Como a Grã Mestra Lily Lau é uma das únicas que dominam o estilo completo, existem muitas vantagens para o governo chinês em preservar o que deixaram do estilo original. “A maioria dos irmãos e irmãs ou tios que praticam Garra de Águia na china passaram o estilo adiante” diz Grã Mestra Lau.

               Esse assunto segue um lado mais delicado: a escolha de um sucessor pela Grã Mestra Lily Lau – é um tanto delicado para ambas as partes porque certamente alguém almejaria isto por vários anos, e porque colocar a Mestra na posição de avaliar seus alunos para sucessão. É claro que a Grã Mestra trata ambas as questões com carinho. “Quando eu assumi o lugar de meu pai, lembra, era um modo de sobrevivência. De fazer dinheiro. Agora após todos esses anos, isso tudo interessa, e essa é a razão pela qual eu estou trabalhando muito duro nos Estado Unidos para continuar com essa esplêndida tradição. Existem tantos estudantes que eu estou treinando agora, confiantemente que irão levar isso adiante”. Na intenção de passar o máximo possível do estilo Garra de Águia, a Grã Mestra é generosa com seu conhecimento, comentando, “eu não escondo nada, eu compartilho tudo”.

             Esperançosa que haverá alguns poucos alunos talentosos que irão pegar as técnicas e levar o estilo adiante. Ciente da disputa criada e sem desfigurar a honra do sistema após a morte da Grã Mestra seria uma surpresa se um único estudante fosse chamado para continuar o estilo. Enquanto comentam que sua irmã, Mestra Gini Lau assumiria o estilo caso necessário, Grã Mestra Lau explica diplomaticamente que entre seus alunos, “na verdade todos tem chances, eu não tenho uma pessoa em particular no momento. Além disso, meu tempo aqui nos Estados Unidos não é tão longo. Essa pessoa em particular pode aparecer em qualquer momento ou nunca se mostrar. Eu quero deixar claro que essa pessoa não seria apenas para carregar as técnicas, mas também precisaria ter um bom caráter, ética, essa seria a minha condição para que eu escolha essa pessoa”.

               Outro aspecto do estilo Garra de Águia que irá permanecer será a herança de suas escolas. Entrevistada antes de 1996 USA WKF National and International Invitational Tournament, programando para 23 e 24 de Novembro de 1996 em São Francisco, Grã Mestra Lau mostrou empolgação em realizar seu sonho de reunir todas as escolas do Garra de Águia, reunindo centenas de seus estudantes dos diversos países como: Inglaterra, Itália, Austrália, Egito, Brasil, Grécia, Hong Kong, China, Singapura, Taiwan, Porto Rico, Estados Unidos além de milhares de pessoas que estarão participando do torneio. Reunir todos esses estudantes é a esperança da Grã Mestra Lau em abrir o Quartel General Mundial do Garra de Águia. “Minha meta, é espalhar o estilo para mais lugares do mundo”, afirma. “Eu espero doar meu tempo de vida para ensinar aos meu alunos cada técnica do estilo Garra de Águia que aprendi com meu falecido pai”.

 

 

FILMANDO E LUTANDO

 

                 Essa foi à dedicação que fez com que ela abandonasse sem egoísmo uma notável carreira cinematográfica em favor de atender as exigências do estilo Garra de Águia. “Minhas duas carreiras eram importantes ao mesmo tempo, porém, com perspectivas diferentes”, ela diz. Eu e meu pai éramos muito colados enquanto ele era vivo, é onde as artes marciais entram.

           “De um ponto de vista egoísta, fazer filmes era um jeito de, por um tempo, ganhar dinheiro, porém para prestar um tributo ao meu pai, ensinar e divulgar o Kung Fu Garra de Águia foi o caminho a seguir. Por isso que escolhi o Kung Fu ao invés da carreira de cinema”. Questionada se os filmes de Kung Fu deveriam seguir as artes marciais apenas para promover entretenimento, Grã Mestra Lau explicou que, “há muito tempo atrás, quando o Kung Fu foi sendo mostrado em filmes, as técnicas eram reais e verdadeiras, ou seja, o conteúdo não era falso. Depois disso, produtores acharam que exagerando nos filmes isso traria mais dinheiro, porque se fossem colocadas cenas reais nos filmes não seria muito atrativo, não seria tão bonito, então eles começaram a usar técnicas de estilos falsos para dramatizar.

               Alguém que conhece Kung Fu pode dizer se as técnicas são reais ou não, então isso ajuda a trazer uma boa imagem para o Kung Fu real. Essa dramatização só trás entretenimento. Perguntada, se os novos alunos aparecem com uma falsa expectativa pelo que viram nos filmes, Grã Mestra diz que não. “Mesmo com o exagero dos filmes, eles sabem que é irreal. A maioria dos alunos que vem para minha escola querem aprender técnicas de defesa pessoal. As técnicas de garras, Chin-Na, que são reais. Você não precisa pular 15 metros para atacar ou esquivar, basta você aplicar uma Chin-Na e você poderá vencer uma luta facilmente”.

 

 

BIOGRAFIA

 

• 1964 – Instrutora Chefe da Academia Garra de Águia de Lau Fat Mang em Hong Kong

• 1966 – Instrutora Chefe da União de Mestres de Hong Kong

• 1968 – Começou sua carreira como atriz em filmes em Hong Kong

• 1971 – Presidente da Academia de Arte Dramática Lily Lau

• 1984 – Instrutora Chefe da Academia Garra de Águia Lily Lau em Hong Kong

• 1985 – Instrutora Chefe da União dos Estudantes da Universidade de Hong Kong

• 1986 – Vice Diretoria da Associação de Artes Marciais Chinesa de Hong Kong

• 1987 – Membro do Comitê da Associação Executiva das Escolas Chin Woo de Hong Kong

• 1993 – Vice-Presidente da Federação de Kung Fu Wushu dos Estados Unidos (FKFWEUA)

• 1994 – Abriu sua primeira escola de Kung Fu em São Francisco, Califórnia

• 1995 – Membro do Conselho Consultivo do Presidente da Federação de Kung Fu Wushu dos Estados Unidos

• 1995 – Estabeleceu a Federação de Kung Fu Garra de Águia Lily Lau Internacional

• 1996 – Membro do Comitê Executivo da FKFWEUA

• 1996 – Organizadora e Presidente do Torneio Nacional e Internacional da FKFWEUA

• 1998 – Organizadora e Presidente da 1ª Copa Internacional de Kung Fu Garra de Águia e Exibição de Mestres

• 1998 – Conselheira da Federação de Koushu Chinês dos Estados Unidos

• 1999 – Organizadora e Presidente do 15º Torneio Atlético Americano de "Bay Area"

• 2000 – Vice-Presidente da Federação Nacional Americana de Arte Marcial Tradicional Chinesa (FNAMTC)

• 2001 – Vice-Presidente da Federação União Kung Fu Norte Americana (UKFNA)

• 2001 – Inaugurou a Matriz na América Latina da Federação Internacional de Kung Fu Garra de Águia Lily Lau em Porto Rico

• 2001 - Organizadora e Presidente com a Matriz da Costa Oeste da Federação Koushu Chinês, o Campeonato US Open Kuoshu / Artes Marciais e 2ª Copa Garra de Águia Internacional sancionada pela Federação de Kuoshu Chinês dos Estados Unidos

• 2001 – Organizadora da 3ª Copa internacional de Kung Fu Garra de Águia em Chicago

• 2003 – Inaugurou sua segunda escola de Kung Fu Milbare, California

• 2004 – Fundadora e Vice-Presidente da federação de Kung Fu Wushu Tradicional dos Estados Unidos

• 2007 – Organizada do 2º Torneio Internacional Tradicional de Kung Fu Wushu e Exposições de Mestres e da 4ª Copa Internacional Garra de Águia Kung Fu, Oakland, CA

• 2009 – Presidente Eleita da Federação de Wushu Tradicional dos Estados Unidos.